terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O diário de Nicole - Parte 1

Meus olhos com tantas lágrimas nem se movem perto dele, estou perdida dentro do meu corpo e é tão triste amar calada. Ele me olha, me vê melhor que qualquer outra pessoa, ele enxerga a minha alma, o que eu sou. Jamais poderei demonstrar a paixão, ele não entenderia, ele não saberia o que fazer, ele se sentiria mal. O que há? Estou confusa com a sua amizade ou isso é realmente amor? Amor, palavra que antes era tão bonita, mas com o passar do tempo se tornou tão FÚTIL, essa mania idiota de dizer que ama, prejudica quem ama de verdade, quem ama calada, assim como eu. Amar, eu queria poder dizer “Eu te amo” a quem eu amo, mas não acreditariam, não, não nesse tempo, “Eu te amo”, essa pequena frase me ira de um modo estressante. Estou começando a odiar o “Eu te amo”,o que eu achava tão belo, oh, era muito belo, agora é totalmente sem importância, quem ama diz que ama poucas vezes, quem ama mesma, de verdade, porque quem ama mostra o que sente e quem NÃO ama diz muito o “Eu te amo”, e é por isso que essa frase me enlouquece. Não, eu não tenho nada contra o amor, não mesmo, eu tenho raiva quando percebo que isso é um jeito de fugir de situações, quando o “Eu te amo” é apenas porque você quer demonstrar que gostou da pessoa (que conheceu a dois dias, vale lembrar), mas pensa, você pode gostar muito, muito mesmo, mas não precisa dizer “EU TE AMO”, diga quando tiver certeza, diga, diga com vontade, mas diga pouco, pois a pessoa amada perceberá se você a ama antes mesmo de você dizer, ou antes mesmo de você ter certeza. Porque amor não é só uma palavra cheia de significas. Na verdade, amor não tem significado, amor é algo inexplicável, indescritível, só quem ama sabe o que é amor, só quem não ama sabe descrever o amor. Pois é, este dilema da minha vida, da minha carne, existe outra forma de demonstrar amor? Sim, creio que sim, mostrando o que realmente sentimos. Mas, e quando temos que demonstrar para quem não crer e não acredita? O sentimento basta?Como saber o que haver? Parecerá apenas gentileza... Acho que nessas horas, NESSAS HORAS, é que o “Eu te amo” ajudaria, pois, já que a alma do amado é tão distante, a forma de falar seria cheia de sentimento, e isso bastaria, sim, isso bastaria se não tivesse se tornado tão comum, tão vazio, tão sem sentimento (para alguns, quase todos)...

2 comentários:

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