sexta-feira, 11 de março de 2011

Trecho de "A montanha e o Rio" e minha opinião.


Sumi. Pronunciei seu nome com ternura para o vento do mar. Sumi! O que sinto por você é uma mistura de milhões de pequenos sentimentos, um sem-número deles. Ah, Sumi, minha pobre menina.

As montanhas suspiram e o mar geme de dor
O coração de quem ama parte-se à noite
Apanhe os seus sapatos
Pois a viagem de mil quilômetros
Vai começar sob seus pés
Uma alma que anseia no sopé da montanha.



Um poema bastante irregular em termos de ritmo, forma e sonoridade. Uma atrocidade que vovô rasgaria em pedaços num rompante. Mas o poema me satisfez. Fiquei aliviado por ter conseguido me expressar daquele modo, e a sensação era a de ter tirado um peso do meu coração. No dia seguinte, ia esperá-la na beira da estrada e lhe entregaria o poema. Se ele não aparecesse, então seria no outro dia, ou no outro. O sol poderia se pôr para sempre e o mar poderia se aquietar de vez, mas estava determinado a entregar a ela aquele pedaço de fogo ardente que saiu de dentro de mim, do jeito como foi escrito, sem revisão, com todos os erros que pudesse ter, para lhe mostrar o fundo do meu coração naquele momento particular, e o horizonte das grandes esperanças que eu depositava nela.

A montanha e o rio
Autor: Da Chen.
Página 202.
De: Tan
Para: Sumi.

Minha opinião

Por acaso abri nesta página do livro, não o terminei de ler e fui devolver. Por algum motivo não o quis ler até o fim. Por algum motivo que desconheço. Quando li esta página achei incrível, sensacional, maravilhosa. Escrever com o único objeto de fazer seu sentimento ser transcrito. Isso ai, tirar uma foto de letras da sua mente.

E eu continuo viajado pra falar qualquer coisinha...
Um dia acabarei biruta?
Um dia acabarei sozinha?

Escreva seus pensamentos, por mais bobos que eles possam parecer. O que fiz ai em cima foi apenas um exemplo.
Há diferenças entre escrever somente com o lápis e, escrever com o lápis e uma borracha (e eu prefiro caneta...). Por acaso você apaga seus pensamentos assim tão facilmente? Que delirante o faz com tanta facilidade? É evidente a divergência que iria causar caso fosse conversar com um professor de português, de certo é a favor das regras que podem compor o poema. Não é que sou contra. É que prefiro amar errado, sorrir torto, chorar cegamente e odiar feliz. Mas o mundo está ai para ser questionado mesmo...

Um comentário:

  1. Poema q é poema não pode seguir regra. Por que a alma do poema é simplesmente não ter um limite, uma linha, uma regra.

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